Historia
Os Trapalhões foi um programa humorístico brasileiro, criado por Wilton Franco e estrelado pelo grupo cômico de mesmo nome, composto por Didi Mocó (Renato Aragão), Dedé Santana, Mussum e Zacarias; cada um desenvolveu uma persona cênica distinta. O grupo já obtinha sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960.
O programa estreou em março de 1977, antes do Fantástico. Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença d'Os Trapalhões. Um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, Os Trapalhões entrou para o Livro Guinness de Recordes Mundiais como o programa humorístico de maior duração da televisão, com trinta anos de exibição.
O primeiro filme d'Os Trapalhões, Na Onda do Iê-Iê-Iê (1966), contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com o quarteto clássico, foram produzidos vinte e um filmes, começando com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (1978) até Uma Escola Atrapalhada (1990). Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram aos filmes d'Os Trapalhões, sendo que sete destes filmes estão na lista das dez maiores bilheterias do cinema brasileiro.
O programa era formulado por várias cenas de alguns minutos, em que tomavam parte situações cômicas dos protagonistas, às vezes com um deles, dois, três e mesmo com os quatro Trapalhões. Os assuntos das cenas eram, por exemplo, os Trapalhões se opondo a inimigos ou a si mesmos em disputas (nas quais Didi e qualquer um dos três Trapalhões que estivessem do lado dele saíam vitoriosos em quase todas as vezes), eles pregando peças em outras pessoas e até em si mesmos e os quatro unindo forças para chegar a um objetivo comum.
Houve também, ao longo dos anos do programa, várias paródias de super-heróis tradicionais, como Super-Homem (frequentemente interpretado por Didi por causa de seu papel de líder), Batman (este mais interpretado por Dedé, devido ao seu papel de segundo em comando e também devido ao fato de existirem interpretações homossexuais sobre o personagem Batman e também sobre o personagem Dedé), Homem-Aranha, Fantasma, Hulk, etc.
Protagonistas
Didi Mocó (Renato Aragão): Um esperto cearense com linguajar e aparência bastante cômicos, e que poucas vezes terminava as cenas com má sorte ou como perdedor, tanto enfrentando inimigos como seus próprios três companheiros. Apesar de ser o líder do grupo, em certas cenas é considerado pelos seus três companheiros como o membro de menor importância. Era apelidado de "cardeal", "cearense", "cabecinha" ou "cabeça-chata", referindo-se à sua condição de retirante nordestino.
Dedé (Dedé Santana): Era o que agia com mais seriedade e considerado o cérebro do grupo, sendo uma espécie de "segundo no comando". Sua masculinidade era sempre ironizada por Didi, que criava apelidos como "Divino" e "rapaz alegre".
Mussum: Um bem-humorado carioca negro que tinha orgulho de dizer que era natural do Morro da Mangueira, uma favela do Rio de Janeiro. Possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o "is" no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões "cacildis" e "forévis". Sua maior paixão é a cachaça, a qual ele chama de "mé" (ou "mel"). Devido ao fato de ser negro, era sempre alvo de piadas e apelidos, como ser chamado ironicamente de Maizena por Didi, ou mesmo "azulão", "Mumu da Mangueira" ou "cromado".
Zacarias: Um tímido e baixinho mineiro com personalidade infantil e voz bastante fina, como a de uma criança. Por ser calvo, sempre usava uma peruca e entrava em desespero se esta fosse retirada de sua cabeça, revelando sua calvície.
Coadjuvantes
O principal elenco de coadjuvantes, devido aos vários anos nos quais participaram do programa, era.
Carlos Kurt:
um homem louro, às vezes barbudo, intimidador, alto e com olhos
enormes, que frequentemente representava vilões, valentões e outros
personagens inimigos dos Trapalhões. Era frequentemente apelidado por
Didi como "bode louro", "alumão" (alemão) e "macarrão de hospital". Teve
grande participação no programa durante a década de 80, ao contrário da
década de 90. Faleceu em 2003.
Roberto Guilherme:
um homem grande, obeso e calvo que, assim como Carlos Kurt, também se
destacou no programa interpretando papéis antagonistas. Seu principal
trabalho foi dar vida ao seu mais famoso personagem, o Sargento Pincel,
que comandava os "soldados" Trapalhões num quartel de exército. Roberto
continuou a interpretar seu personagem ao lado de Renato Aragão e Dedé
Santana em Aventuras do Didi.
Dino Santana:
irmão de Dedé Santana. Representava personagens anônimos e sem
destaque, o que pode tornar difícil saber quem e como ele é. Foi
coadjuvante não só no programa dos Trapalhões até o ano final (1993),
mas também em alguns filmes do quarteto, como Os Trapalhões e o Mágico
de Oróz, no qual representou o personagem Beato do deserto. Dino foi
coadjuvante também no programa Dedé e o Comando Maluco, estrelado por
seu irmão Dedé Santana. Faleceu em 2010.
Ted Boy Marino: um lutador de luta-livre com um cabelo bem similar ao do personagem He-Man e sotaque espanhol. Faleceu em 2012.
Tião Macalé:
um dos mais famosos coadjuvantes. Um homem negro com um sorriso
sem-dentes, que quase sempre encerrava suas participações nas cenas com a
frase "Nojento!", frase que o fez famoso no Brasil. Faleceu em 1993.
Felipe Levy:
outro homem obeso e calvo, frequentemente escolhido para interpretar
papéis de chefia, não só nas cenas comuns mas também no quadro do
quartel dos Trapalhões, onde atuava como coronel. Por ter pele muito
branca e ter cavanhaque, era às vezes chamado de "queijo-com-barba" por
Didi. Faleceu em 2008.
Jorge Lafond:
um homem negro, alto e magro, com sua personagem travesti bem afetado.
Participou principalmente dos quadros do quartel dos Trapalhões.
Fonte https://pt.wikipedia.org
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